Cães de guarda

jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988

Beatriz Kushnir

R$ 99,00

Este livro será enviado a partir do dia 07 de agosto.
Cães de guarda
  • autor: Beatriz Kushnir
  • prefácio: Stella Bresciani
  • orelha: Angela de Castro Gomes
  • quarta capa: Michael Hall
edição:
1
selo:
Boitempo
páginas:
408
formato:
23cm x 16cm x 1cm
peso:
580 Gramas
ano de publicação:
2004
encadernação:
Brochura
ISBN:
9788575590447

Doutora em História Social, Beatriz Kushnir lança, nos 40 anos do golpe de 1964, livro nascido de intensa pesquisa sobre um dos aspectos fundamentais do regime militar: sua relação com os órgãos de imprensa, da censura à colaboração. "O objetivo é iluminar um território sombrio e desconfortável: a existência de jornalistas que foram censores federais e que também foram policiais enquanto exerciam a função de jornalistas nas redações", explica Beatriz na introdução do livro.

 

A pesquisadora explora a formação, as bases jurídicas e as diretrizes que orientavam o trabalho da censura, baseando-se em extensa pesquisa documental, além de entrevistas, inclusive com onze censores - aspecto inédito - cujo trabalho era "filtrar", na imprensa e nas artes, o que incomodasse o regime não só no campo político, como também na cultura e até no campo da moral. Outro foco do trabalho é a cumplicidade da imprensa, especialmente da Folha da Tarde - veículo onde trabalhavam vários militantes de esquerda até a época em que o jornal ficou conhecido como Diário Oficial da Oban (Operação Bandeirantes) - com o regime militar e seu aparelho repressivo: os diretores do jornal eram ao mesmo tempo funcionários da polícia, reconhecidamente. Eles mesmos confirmam em entrevistas.

 

O livro toca num tema delicado, e indiretamente critica historiadores de renome que fazem a história da imprensa 'esquecendo' o caso da FT. Cães de guarda explora os limites entre a censura, a autoccensura dos jornalistas e a complicada convivência entre governo e imprensa durante a ditadura militar.

 

 

Trecho

"A investigação, cuidadosa e inovadora, reconstrói em grande parte o universo dos próprios censores, por meio de extensas entrevistas tanto com esses, como com vários jornalistas. Traz à tona, portanto, a fala desse grupo conhecido pelo uso do lápis vermelho e da tesoura e sua face pouco vislumbrada."

- Michael Hall