Os cangaceiros

ensaio de interpretação histórica

Luiz Bernardo Pericás

R$ 83,00 Livro Indisponível Avise-me quando chegar

Os cangaceiros
  • autor: Luiz Bernardo Pericás
edição:
1
selo:
Boitempo
páginas:
320
formato:
23cm x 16cm x 2cm
peso:
400 Gramas
ano de publicação:
2010
encadernação:
Brochura
ISBN:
9788575591611

'O cangaço foi decerto um dos mais importantes fenômenos sociais deste país'

O fenômeno do cangaço 'independente', que começou na segunda metade do século XIX e durou até cerca de 1940, tendo sido extensamente estudado por diversos autores. No entanto, boa parte destas obras é de caráter basicamente narrativo e por vezes, escrita em linguagem quase literária. O historiador Luiz Bernardo Pericás foi além da constatação desta lacuna bibliográfica. O resultado desse trabalho é agora publicado pela Boitempo no livro Os cangaceiros - ensaio de interpretação histórica, no qual analisa as bases históricas e a atuação dos grupos do cangaço, como aqueles chefiados por Antonio Silvino, Sinhô Pereira, Corisco e Lampião.Para o historiador João José Reis, 'há tempos precisávamos de um livro que fizesse um balanço exaustivo do que se escreveu sobre este fascinante fenômeno social e cultural do Brasil no século passado. Luiz Bernardo Pericás revira uma vasta bibliografia sobre o cangaço para estabelecer uma certa ordem, e um método, na discussão e compreensão do mundo de Lampião e outros cangaceiros... O livro eleva a análise do cangaço a um patamar superior e serve como inspiração para se pensar outros tipos de banditismo, inclusive nos dias que correm'.O tema - já retratado de forma literária por autores como Graciliano Ramos e José Lins do Rego - é desenvolvido à luz de uma abordagem multidimensional, que toma a estrutura agrária sertaneja 'como um forte elo entre a base econômica mais ampla e a superestrutura', mas não se atém somente a uma interpretação economicista, investigando outros níveis para traçar um quadro complexo do banditismo rural nordestino.Como aponta na orelha o também historiador Lincoln Secco, na história do Nordeste brasileiro 'o cangaço apareceu como a forma pela qual se moviam as contradições típicas de uma sociedade formada por populações errantes, pobres e vitimadas pelo mandonismo local e marcada pela instabilidade'. Segundo Secco, 'as vivas descrições geográficas revelam que o autor realmente percorreu o sertão nordestino', relatando 'os casos de violência, torturas, as relações amorosas, o cotidiano, o papel das mulheres e das crianças, a questão racial, os hábitos alimentares, as relações políticas, o coronelismo, as formas de combate, os armamentos e até as malogradas tentativas dos comunistas em dar uma direção programática para aquela forma de banditismo'.