Raça, nação, classe

as identidades ambíguas

Étienne Balibar , Immanuel Wallerstein

R$ 76,00 Livro Indisponível Avise-me quando chegar

Raça, nação, classe
  • autor: Étienne Balibar
    Immanuel Wallerstein
  • tradutor: Wanda Nogueira Caldeira Brant
  • introdução: Étienne Balibar e Immanuel Wallerstein
  • orelha: Silvio Luiz De Almeida
  • capa: Maikon Nery
título original:
Race, nation, class: ambiguous identities
edição:
1
selo:
Boitempo
páginas:
304
formato:
23cm x 16cm x 2cm
peso:
456 Gramas
ano de publicação:
2021
encadernação:
Brochura
ISBN:
9786557170526

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Lançado originalmente há trinta anos e publicado no Brasil pela primeira vez, Raça, nação, classe traz ao leitor um profícuo debate sobre o racismo e sua relação com a luta de classes, o capitalismo e o nacionalismo. Como é possível que o racismo ainda seja um fenômeno crescente? Quais são as características específicas do racismo contemporâneo?

Esta obra tenta responder a essas perguntas fundamentais por meio de um diálogo entre o filósofo francês Étienne Balibar e o historiador e sociólogo estadunidense Immanuel Wallerstein. Ambos os autores desafiam a noção de que o racismo é uma continuação ou um retorno da xenofobia de sociedades do passado e o analisam como uma relação social indissoluvelmente ligada às estruturas sociais atuais – o Estado, a divisão do trabalho e a divisão entre centro e periferia – que são constantemente reconstruídas.

Apesar de naturais divergências durante o diálogo, Balibar e Wallerstein enfatizam a modernidade do racismo e a necessidade de entender sua relação com o capitalismo contemporâneo. Acima de tudo, a obra revela as formas de conflito social presentes e futuras, em um mundo em que a crise do Estado é acompanhada por um aumento alarmante do nacionalismo, do chauvinismo e da xenofobia.

Trecho

“Em todos os sistemas históricos anteriores, a xenofobia teve uma consequência comportamental básica: a expulsão do ‘bárbaro’ do espaço físico da comunidade, da sociedade, do grupo que compartilhava interesses e atitudes, sendo a morte a versão extrema dessa expulsão. Sempre que expulsamos fisicamente o outro, ganhamos a ‘pureza’ do ambiente que provavelmente buscamos, mas é inevitável, ao mesmo tempo, perdermos algo. Perdemos a força de trabalho da pessoa expulsa e, portanto, sua contribuição para a criação de um excedente de que poderíamos nos apropriar diversas vezes. Isso representa uma perda para qualquer sistema histórico, mas ela é particularmente significativa no caso de um sistema cuja estrutura e cuja lógica são construídas em torno da acumulação contínua de capital.” – Immanuel Wallerstein